Num canto só
Ouço pássaros, vários deles,
De toda cor e todo porte.
Não cantam a vida
(Ferida, enclausurada, exaurida),
Mas a morte: a deles e a nossa.
Vem o pixoxó
(Que dó, que dó),
Três araras-azuis
(Sem luz, sem luz),
Um tucano-de-bico-preto
(Irrequieto, indiscreto)
E o soldadinho-do-araripe
(Com gripe, com gripe).
Já não possuem casa
(Nem asas, nem asas),
Já desconhecem o voo
(Arpoam, arpoam),
Já não conhecem o céu
(Nos seus olhos, um véu – um véu).
Nos seus pés, argolas;
No horizonte, gaiolas;
No canto, pranto;
Na vida ‘ázima’, só lágrima – só lágrima.
Não pintam mais o céu
(Suas asas são tintas),
Já não há canto distinto.
O canto das aves é um só do tucano
ao pixoxó
“Estou extinta, estou extinta”.
(João Sabino).
Nos braços da mãe
(João Leonardo Sabino)
Não podemos controlar tudo, meu filho:
O Universo é o Universo, independente de nós;
O Sol é que comanda seu brilho;
A Lua age sem ouvir nossa voz;
O terremoto existe, apesar da nossa dor.
Meu filho, esconda-se debaixo da mesa,
Sua mãe está aqui!
Menino, não chore, aja com firmeza:
Não deixe o tremor nos ouvir!
Ouvi dizer, guri, que existem umas placas tectônicas...
Estes abalos são decorrentes do choque entre elas!
Ah, mas há pessoas em situações antagônicas,
Que quase não possuem o risco de ver tremer a terra,
Com elas, o incontrolável não erra!
Meu filho, ouvi dizer que esses terremotos
São mais graves quando atingem países pobres:
Sem infraestrutura, as pessoas perdem casa, perdem posses,
Perdem parentes!
O governo não os ampara,
Mas a vida não para:
Enquanto sofrem pela carência,
Outros brindam à indiferença...
Não meu filho, não chore:
Somos pobres, mas vamos escapar.
Não, menino, a esperança não se encolhe:
Vamos nos safar.
Não podemos controlar as causas, garoto...
Não podemos...
Mas controlamos o que faremos com as consequências!
Sairemos mais fortes, riremos da morte!
Foi assim da outra vez, não é?
Não chore, guri: sua mãe está aqui.
Infelizmente, não podemos controlar tudo...
(O tremor se intensifica)
Não podemos controlar tudo...
(A mãe tenta demonstrar esperança, mas desacredita)
Não podemos controlar...
(Tuuum!)
Não podemos...
(Buuum!)
Não...
(E, sobre eles, o mundo desaba).
Mãe-Terra
(João L. Sabino)
Menino, recolha teu lixo!
Menina, não
suje tua casa!
Homem, não paga
a pena o risco!
Mulher, tu sabes!
É triste ser Mãe
desta gente, é triste.
Desrespeitam,
não ouvem seu grito.
É triste gerar
este povo, é triste...
Amor, aqui, não
existe. Ouviste?
Quando desveste
tua Mãe, desnuda a ti mesmo!
Não percebes?
Quando fere sua
Mãe, é a ti que cortas!
Ah, pessoas de
razões mortas,
Até quando
caminharão a esmo?
Não, a Terra não
nos deixa na pior:
Ela luta, eu sei
– faz seu melhor.
Mas tu não sabes,
Não vês, não
ouves... nem chega perto disso!
Ah, Terra, tu
não erras!
És correta em
cada serra,
És vitória em
toda guerra,
És piedosa, não
aterra
(Somos nós que
lançamos terra, enterramos,
Erramos).
Menino,
parabeniza tua Terra!
Menina, abrace a
causa!
Homem, não seja
egoísta!
Mulher, seja altruísta!
Hoje é dia da
Mãe-Terra:
Guarde teu
machado e a dor se encerra.
Num canto só
Ouço pássaros, vários deles,
De toda cor e todo porte.
Não cantam a vida
(Ferida, enclausurada, exaurida),
Mas a morte: a deles e a nossa.
Vem o pixoxó
(Que dó, que dó),
Três araras-azuis
(Sem luz, sem luz),
Um tucano-de-bico-preto
(Irrequieto, indiscreto)
E o soldadinho-do-araripe
(Com gripe, com gripe).
Já não possuem casa
(Nem asas, nem asas),
Já desconhecem o voo
(Arpoam, arpoam),
Já não conhecem o céu
(Nos seus olhos, um véu – um véu).
Nos seus pés, argolas;
No horizonte, gaiolas;
No canto, pranto;
Na vida ‘ázima’, só lágrima – só lágrima.
Não pintam mais o céu
(Suas asas são tintas),
Já não há canto distinto.
O canto das aves é um só do tucano
ao pixoxó
“Estou extinta, estou extinta”.
(João Sabino).
Nos braços da mãe
(João Leonardo Sabino)
Não podemos controlar tudo, meu filho:
O Universo é o Universo, independente de nós;
O Sol é que comanda seu brilho;
A Lua age sem ouvir nossa voz;
O terremoto existe, apesar da nossa dor.
Meu filho, esconda-se debaixo da mesa,
Sua mãe está aqui!
Menino, não chore, aja com firmeza:
Não deixe o tremor nos ouvir!
Ouvi dizer, guri, que existem umas placas tectônicas...
Estes abalos são decorrentes do choque entre elas!
Ah, mas há pessoas em situações antagônicas,
Que quase não possuem o risco de ver tremer a terra,
Com elas, o incontrolável não erra!
Meu filho, ouvi dizer que esses terremotos
São mais graves quando atingem países pobres:
Sem infraestrutura, as pessoas perdem casa, perdem posses,
Perdem parentes!
O governo não os ampara,
Mas a vida não para:
Enquanto sofrem pela carência,
Outros brindam à indiferença...
Não meu filho, não chore:
Somos pobres, mas vamos escapar.
Não, menino, a esperança não se encolhe:
Vamos nos safar.
Não podemos controlar as causas, garoto...
Não podemos...
Mas controlamos o que faremos com as consequências!
Sairemos mais fortes, riremos da morte!
Foi assim da outra vez, não é?
Não chore, guri: sua mãe está aqui.
Infelizmente, não podemos controlar tudo...
(O tremor se intensifica)
Não podemos controlar tudo...
(A mãe tenta demonstrar esperança, mas desacredita)
Não podemos controlar...
(Tuuum!)
Não podemos...
(Buuum!)
Não...
(E, sobre eles, o mundo desaba).
Menino, recolha teu lixo!
Menina, não
suje tua casa!
Homem, não paga
a pena o risco!
Mulher, tu sabes!
É triste ser Mãe
desta gente, é triste.
Desrespeitam,
não ouvem seu grito.
É triste gerar
este povo, é triste...
Amor, aqui, não
existe. Ouviste?
Quando desveste
tua Mãe, desnuda a ti mesmo!
Não percebes?
Quando fere sua
Mãe, é a ti que cortas!
Ah, pessoas de
razões mortas,
Até quando
caminharão a esmo?
Não, a Terra não
nos deixa na pior:
Ela luta, eu sei
– faz seu melhor.
Mas tu não sabes,
Não vês, não
ouves... nem chega perto disso!
Ah, Terra, tu
não erras!
És correta em
cada serra,
És vitória em
toda guerra,
És piedosa, não
aterra
(Somos nós que
lançamos terra, enterramos,
Erramos).
Menino,
parabeniza tua Terra!
Menina, abrace a
causa!
Homem, não seja
egoísta!
Mulher, seja altruísta!
Hoje é dia da
Mãe-Terra:
Guarde teu
machado e a dor se encerra.
(In)consciência
(João L. Sabino)
Em 2014, nosso país secou:
A nascente do Rio São Francisco acabou,
Reservatórios minguaram,
Águas não rolaram...
Dos vinte e um maiores reservatórios brasileiros,
Quase todos estavam piores que em 2001! ¹
Ah, Brasil, nem sequer um aguaceiro!
Ah, Brasil, nem sequer um aguaceiro!
Adeus, águas da Cantareira
Adeus, águas quase que da pátria inteira!
Adeus!
Pobres dos teus, pátria seca!
Espera: que vem lá?
Espera: que vem lá?
Parece que é uma gota:
Minha terra vai se banhar!
Veio a chuva e, após tanta queda,
Os reservatórios voltaram a subir.
Depois de tanta queda,
Não vejo meu povo agir.
Sobre a cabeça, imensos rios ²
Rios que voam!
Imensas massas de vapor
Vêm dos mares, vão aos ares
E se chocam com o vapor da floresta,
Onde seu volume aumenta.
Floresta Amazônica do meu Brasil,
Lanças ao céu um imenso rio
Que vai aos Andes, mas ali não para:
Corta o país com beleza rara
E abençoa o Centro-Oeste e o Sudeste
Quando cai em forma de chuva! ³
Mas quem sabe do teu valor?
Mas quem sabe do teu valor?
Ter-te é um privilégio, uma dádiva:
Mas, devido a ações humanas, desumanas,
Boa parte de ti está morta, degradada.
Meu Brasil, Brasil amado!
Meu Brasil, Brasil amado!
Acorda o teu povo,
Dês a ele sangue novo
(Sangue da razão)!
Ah, Brasil, se não acordas,
Ah, Brasil, se não acordas,
Tecerá uma enorme corda
Que te enforcará!
A ganância é tanta,
A ganância é tanta,
A razão é pouca...
O desejo é tanto,
A consciência é vaga...
A fome é tão grande,
A barriga é tão pequena...
Minha pátria, do teu povo tenha pena:
Minha pátria, do teu povo tenha pena:
Não seques outra vez!
Manda chuva, manda água...
Mandamos machado, mandamos estrada!
Ah, Pátria Amada, não nos deixe na pior
(Mesmo que não seja verdadeira a recíproca!)
Ah, não tem jeito!
Ah, não tem jeito!
Ou mudamos o rumo da jornada
Ou, no final dessa estrada,
Depararemos com o nada:
Nosso fim.
Para saber:
¹ Em 2001, os níveis dos reservatórios estavam tão baixos que foi
decretado racionamento de energia no país.
² Imensas massas de vapor d’água que, levadas por correntes de ar,
viajam pelo céu e respondem por grande parte da chuva que rola em várias partes
do mundo.
³ Mais da metade da precipitação das Regiões Centro-Oeste e Sudeste
vem dos rios aéreos da Amazônia. Além desse veio principal, outras 20
correntezas cruzam o céu do país, carregando um volume de água equivalente a 4
trilhões de caixas-d’água de 1 000 litros.
Passa uma Borboleta
(Alberto Caeiro)
Passa uma borboleta por diante de mim
E pela primeira vez no Universo eu reparo
Que as borboletas não têm cor nem movimento,
Assim como as flores não têm perfume nem cor.
A cor é que tem cor nas asas da borboleta,
No movimento da borboleta o movimento é que se move,
O perfume é que tem perfume no perfume da flor.
A borboleta é apenas borboleta
E a flor é apenas flor.
Relatório do Filme “Wall-E”
Por João L. Sabino
Wall-E é prova de que nem todo filme
infantil é destinado unicamente às crianças: algo que mostra o lado destruidor
do homem (que mata a Terra em busca de seus desejos, em busca de poderes) que,
coagido pelas consequências de suas próprias ações, é obrigado a abandonar seu
Planeta-Mãe e morar em uma nave espacial, não pode ser taxado de “infantil”.
Wall-E é, na verdade, o nome de um
conjunto de robôs (do qual só restou um, graças à sua habilidade de se autoconsertar)
que ficaram responsáveis de compactar e empilhar o lixo acumulado sobre a
superfície terrestre – inóspita (a não ser para uma única barata, que
sobrevive, majestosa). A vida do único robô que resta começa a se agitar
quando, de uma nave, chega Eva – robô mandada pelos seres humanos do espaço
para analisar se a Terra está, outra vez, propícia à vida.
Mas o objetivo aqui não é narrar a
história do filme (o chamado spoiler), e sim instigar você, leitor, a assistir
ao filme –e, também, refletir sobre a sua história. Afinal, qual a vantagem de
destruir a vida para depois procura-la desesperadamente? Não seria mais
interessante mantê-la? É dessas reflexões que precisamos para vivermos em
harmonia com o meio ambiente.
No filme, o ser humano precisou destruir
sua casa para, depois, passar um sufoco imenso (maior, inclusive, que o sufoco
passado pelos participantes do quadro “De volta para a minha terra”) para
retornar a ela. O aviso já foi lançado: cabe a nós decidirmos se trilharemos o
mesmo caminho traçado pelos humanos do filme (o que faria dos produtores de
Wall-E verdadeiros profetas), ou se conciliaremos nosso desejo de grandeza com
a necessidade de se cuidar do planeta. A hora da decisão? Não há outra senão o
AGORA. O caminho é longo, mas os frutos valerão o esforço.
Cartas (Por João L. Sabino)
Caros Humanos,
Vocês me conhecem. Sabem das minhas fraquezas, das minhas
limitações. Sabem exatamente o que devem fazer para me preservar ou para me
destruir. Conhecem-me. Sim, conhecem-me. Mas, parece-me, são as suas próprias
limitações que não entendem: acreditam serem eternos, mas estão por um fio.
Não, não estou em suas mãos: na verdade, vocês estão nas minhas.
Por que me agridem? O que impede vocês de cuidarem de mim, tal
qual mereço? Sabem que são parte de mim e que, se eu sofrer, vocês também
sofrerão. Tudo está interligado, conectado. Lembre-se: um único fio solto pode
destruir toda a costura – puxe-o e verá tudo o que custou muito para ser
construído, destruir-se em pouco tempo.
Acostumaram-se a medir as coisas por seu preço, não pelo seu
valor. Sabem que é necessário impedir o desmatamento, mas precisam construir;
sabem que é preciso preservar o ar, mas é preciso trafegar; sabem que é mister
cuidar, mas precisam progredir. E, assim, caminham rumo ao seu fim, traçam
rotas rumo ao fim da linha. O fim de vocês, não o meu.
Sim: estou aqui a serviço de vocês, estou aqui para alimentá-los,
sustentá-los, envolvê-los..., mas desconhecem a sustentabilidade, querem de mim
mais do que posso dar, mais do que posso doar. Sua sede não é de água, sua fome
não é de pão, seus sonhos não são ingênuos e não é de ar que se enchem seus
pulmões. Então, confrontamo-nos: minha sede não é de posses, minha fome não é
de grana, meus sonhos não são de fama e meu ar não é valorizado – mesmo que
muito usado.
O mundo precisa girar, não é? É preciso que se destrua, construa e
descarte. Sim, o giro é necessário, eu entendo. Mas não é em torno de vocês que
realizo minha órbita, vocês não são o tudo – mas também não são o nada. Não,
não peço que parem: peço que repensem, façam de outra maneira, tenham outras
prioridades. Por que fazer da sustentabilidade só mais um conceito que se
aprende, decora e depois esquece? Nós todos sabemos o fim desta história, mas
vocês não estarão aqui para contá-la. Eu estarei. Estarei em cada canto, em
cada vão, em cada impossibilidade. E viverei, mesmo sem vocês. Sou forte, sou
livre, sou eu.
Ah, como seria bom se todos fossem como mestre Seattle, que sabia
que tudo era seu, mas sem ser seu. Bem-aventurados os que, como ele, não vendem
o firmamento nem o calor da terra!
Na certeza das águas que ainda correm, despeço-me.
Meio Ambiente.
NATUREZA
Sou riqueza, grandeza, beleza
Sou uma afronta à sua destreza
Sou a interrogação, a incerteza
Sou um desafio à sua esperteza.
Posso ser sua amiga,
Fonte de alimento para sua barriga,
Fonte de vida para seus pulmões,
Inspiração às suas canções,
Sustento para seu caminhar,
Razão do seu prosperar...
Ah, mas não se confunda:
Mesmo sendo vasta e profunda,
Não sou inesgotável, inalterável:
Sou, muitas vezes, vulnerável.
Você me corta, mata, queima...
Polui-me, extingue, desrespeita...
Dou sinais, mas você teima;
E, por sua culpa, o caminho se estreita.
Ah, sou paciente, mas não morta;
Aviso, mas quase ninguém se importa.
Então, revolto-me:
Onde sou água, transbordo;
Onde sou fogo, incendeio,
Onde sou chuva, viro enchente
(E você que não fique descontente:
A culpa é sua);
Onde sou devastada, sequidão;
Onde sou desprezada, viro fome;
Onde sou perseguida, faço-me extinta;
Onde sou mar, maremoto;
Onde sou terra, terremoto;
E, onde buscam aconchego, faço-me solidão.
Precisava ser assim?
Claro que não!
Respeite-me, e serei coração!
Porque eu sou riqueza, grandeza, beleza
Sou uma afronta à sua destreza
Sou a interrogação, a incerteza
Sou um desafio à sua esperteza.
Alguns me chamam de vida,
O tudo, que corre, eterna ida;
Outros, generalizam: chamam-me de Terra,
A esfera, a fera ou o solo que enterra.
Sou correnteza, leveza, gentileza ou braveza:
Prazer: sou a Natureza.
(Poema de João L. Sabino)
Sou uma afronta à sua destreza
Sou a interrogação, a incerteza
Sou um desafio à sua esperteza.
Posso ser sua amiga,
Fonte de alimento para sua barriga,
Fonte de vida para seus pulmões,
Inspiração às suas canções,
Sustento para seu caminhar,
Razão do seu prosperar...
Ah, mas não se confunda:
Mesmo sendo vasta e profunda,
Não sou inesgotável, inalterável:
Sou, muitas vezes, vulnerável.
Você me corta, mata, queima...
Polui-me, extingue, desrespeita...
Dou sinais, mas você teima;
E, por sua culpa, o caminho se estreita.
Ah, sou paciente, mas não morta;
Aviso, mas quase ninguém se importa.
Então, revolto-me:
Onde sou água, transbordo;
Onde sou fogo, incendeio,
Onde sou chuva, viro enchente
(E você que não fique descontente:
A culpa é sua);
Onde sou devastada, sequidão;
Onde sou desprezada, viro fome;
Onde sou perseguida, faço-me extinta;
Onde sou mar, maremoto;
Onde sou terra, terremoto;
E, onde buscam aconchego, faço-me solidão.
Precisava ser assim?
Claro que não!
Respeite-me, e serei coração!
Porque eu sou riqueza, grandeza, beleza
Sou uma afronta à sua destreza
Sou a interrogação, a incerteza
Sou um desafio à sua esperteza.
Alguns me chamam de vida,
O tudo, que corre, eterna ida;
Outros, generalizam: chamam-me de Terra,
A esfera, a fera ou o solo que enterra.
Sou correnteza, leveza, gentileza ou braveza:
Prazer: sou a Natureza.
(Poema de João L. Sabino)
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